Zanellinha!

Anos 70 - domingão com churrasco e chimarrão na saudosa chácara do vô Luiz (Guaíba/RS)!

De León!

Revista Placar, edição 689 (agosto de 1983): o bravo caudilho Hugo Eduardo de León Rodrigues (Rivera/URU, 27 de fevereiro de 1958), ou simplesmente "De León", ergue a taça de Campeão da Libertadores da América!

Segundo o jornalista Eduardo "Peninha" Bueno, em "A América aos nosso pés - 25 anos de uma Libertadores de verdade" (Virtual Livros, 2008): "Gigante que escreveu com muito suor e um tanto de sangue - várias vezes o próprio; em outras, o dos adversários -, algumas das mais gloriosas páginas da história do imortal tricolor".

De León foi uns dos mais vitoriosos zagueiros do futebol sul-americano. Revelado pelo Nacional de Montividéu, aos 17 anos já era capitão da equipe. Campeão da Taça Libertadores da América com o Nacional em 1980 e 1988 (neste ano, também Campeão do Mundial Interclubes) - com a Seleção Uruguaia, venceu o Mundialito em sua edição 1980-81.

Na decisão da "Copa de Oro", em Montevidéu, encerrado o jogo (URU 2 X 1 BRA), com o Uruguai campeão, De León tirou a celeste uruguaia e mostrou a camisa que vestia por baixo, pelo lado do avesso: a tricolor do Grêmio. Com essa atitude, o zagueiro festejava sua contratação pelo clube gaúcho, do qual já era torcedor. Mas não só isso. Naquele momento, ele também fazia um protesto solitário contra o regime militar: "Aquela foi uma atitude com muito simbolismo. Sei que emocionei as pessoas. Eu sou de Rivera, da fronteira. Sou gremista desde sempre" - declara ao jornal Zero Hora, em 26 de julho de 2009.

Uruguay Campeón Copa de Oro-Mundialito 1980-81: http://www.youtube.com/watch?v=h8bFycPndOs&feature=related.

Assinou contrato com o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense em janeiro de 1981, "abrindo mão" de disputar o Mundial Interclubes com o Nacional, em fevereiro (Nacional 1 x 0 Nottingham Forest-ING). No mesmo ano sagrou-se Campeão Brasileiro, e em 1983 conquistou novamente a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes, desta vez pelo tricolor gaúcho.

Além de Nacional e Grêmio, De León jogou no Corinthians (BRA), Santos (BRA), Logroñés (ESP), foi Campeão Argentino em 1989 e 1990 pelo River Plate (ARG), depois Botafogo (BRA) e Toshiba (JAP), onde encerrou a carreira, em 1992.

Como treinador, foi Campeão Uruguaio pelo Nacional em 1998, 2000 e 2001 - também treinou Fluminense (BRA), Monterrey (MEX) e Grêmio (BRA).

Gracias, mi capitán! A nação tricolor saberá honrá-lo sempre!!!

Marcello Lima!

"Guri da planonda" de 30 anos atrás hoje tem pouco tempo para as ondas.

Foto de Marcello Lima surfando em Torres foi mostrada em ZH na década de 80.

Poucos reconheceram as madeixas loiras de Marcello Lima na edição dominical de ZH de 18 de janeiro ("O veraneio em outros tempos"). Ele próprio só foi ver a foto quando os pais ligaram avisando.

— Eu abri a edição online pela internet no meu iPhone. Muita gente onde eu trabalho nem sabia que eu era loiro, que eu era aquela criança bonitinha — brincou Lima.

Hoje, aos 33 anos, o publicitário e diretor de cinema tem pouco tempo para ir à praia:

— Tenho poucas folgas para viajar, então são poucos os fins de semana que eu vou para o Litoral. Minha vida é de prazos.

Mas o menino de quase quatro anos — pelo que lembra, faltavam poucos dias para o aniversário quando a foto foi tirada — preserva um hábito daquela época de veraneio na praia da Guarita, em Torres: o surf. Apenas por hobby, mas que já rendeu "boas ondas" até no Chile.

— Não sou nenhum surfista ferrenho. Dois anos depois desta foto, ganhei uma prancha de verdade. Desde os seis anos surfo regularmente — explicou.

Nesse meio tempo, entre a foto da década de 80 e a publicação no último domingo, Lima estudou no colégio Anchieta, em Porto Alegre, e morou um ano em Chicago, nos Estados Unidos, quando adolescente.

Mais tarde, formou-se em Publicidade e Propaganda pela PUCRS, voltou aos EUA para estudar na New School University, em Nova York, onde se tornou diretor de cinema após dois anos.

Hoje, o "guri da planonda" trabalha na agência Zeppelin na Capital, e conquistou em 2008 o prêmio de diretor do ano da ARP — Associação Riograndense de Propaganda.

Fonte: Brenda Parmeggiani (Zero Hora, Geral, 24/01/2009).

Quarteto fantástico!

É lenha, brasa e bronca!

Porto Alegre, século XX, noite quente: os bons companheiros Fabiano Grendene "Pig" de Souza, Eduardos (Esteves e Wannmacher) e João Carlos Petersen Marafon Filho - o saudoso "Jones"!!!

Vinte anos bem vividos!

Vinte anos bem vividos
Final Sports / Sob a Bênção da Imortalidade
Cristiano Zanella
12/08/2009

Semana que vem, minha bandeira do Grêmio está fazendo aniversário! O "Bandeirão" é um trapo de uns seis metros de altura por dois de largura, que me acompanha há quase duas décadas nas jornadas futebolísticas. Nele, estão estampadas as cores de uma paixão: o azul, o preto e branco. Não há dizeres, símbolos ou inscrições, é simplesmente uma bandeira tricolor! Ao longo dos anos, testemunhou inesquecíveis batalhas, lado-a-lado com o Grêmio, construindo uma trajetória de sucesso, basta lembrar seu jogo de estréia.

Era agosto de 1989, e o Grêmio chegava às semi-finais da primeira Copa do Brasil. O adversário era – mais uma vez – o sempre temido Flamengo, nosso arqui-rival nos anos 80, então treinado pelo mestre Telê Santana. O primeiro jogo, no Maracanã, terminara empatado em 2 x 2, placar que dava uma certa tranqüilidade para a decisão. Alguns dias antes da partida, fui ao centro da cidade comprar o tecido, numa casa da Voluntários da Pátria. Quem cortou o tecido e costurou a bandeira foi a dona Lucia Vieira de Souza, minha avó. Com uma máquina mecânica, movida a pedal, daquelas clássicas – o serviço ficou profissional!

O Grêmio era Pentacampeão Gaúcho, e no Rio Grande não tinha pra ninguém! Entrava em campo como favorito, formando com Mazaropi; Alfinete, Luiz Eduardo, Vilson, Hélcio; Jandir, Lino, Cuca, Assis; Kita e Paulo Egídio - um timão! O técnico era Cláudio Duarte, multi-campeão como atleta e técnico pelo nosso tradicional rival. Foi um jogo que jamais esquecerei: Grêmio 6 x 1 Flamengo (com gols de Cuca, Paulo Egídio, Almir, novamente Cuca e Paulo Egídio, com Assis fechando a conta). Sem dúvida, um os dez maiores jogos da era moderna do Olímpico! Comigo na superior (ainda com arquibancadas de cimento, sem cadeiras): Renato José Zanella (meu pai), Tuko Pereira Maia, os irmãos Macchi Silva (Pablo e Estevão), Marcelo e "Gemada" Rechden (onde andarão estes grandes guerreiros?). E eram mais de 50 mil num Olímpico em delírio, num jogo que era o prenúncio de um novo e inédito título nacional, e que foi fundamental na formação de gerações de gremistas que hoje são a maior e melhor torcida do Rio Grande – os números não mentem!

O "Bandeirão" sagrou-se Campeão da Copa do Brasil decidindo contra o Sport, e entrou os anos 90 quebrando tudo, assistindo e dando assistência em muitos jogos históricos, conquistando títulos, marcando a ferro e fogo seu nome na epopéia tricolor! Por onde andei e nos lugares onde morei, lá estava a bandeira, pendurada na sacada, na janela, pelas ruas da cidade, recebendo o afeto que se encerra em nosso peito juvenil! A bandeira tremulou sob chuva e sob o sol, foi puxada, pisoteada, enxugou sangue, suor e lágrimas, desceu às profundezas do inferno e voltou consagrada, e suas amarras jamais cederam – pelo contrário, estão mais fortes do que nunca! O "Bandeirão" continuou firme durante estes vinte anos, como a vó Lucia (que já ultrapassa os noventa anos)! E, quando o Grêmio perdia ou empatava jogos menores, era comum ouvir: "Pô, Zanella - perdemos porque tu não trouxeste a bandeira"... Mas no próximo jogo o "Bandeirão" tava lá de novo, e a gente acabava dando a volta por cima, superando os obstáculos, contrariando a lógica, acreditando no inacreditável, fazendo acontecer!

E foi assim, nas últimas duas décadas. Eu e a minha bandeira, torcendo, vibrando, fazendo história! Em todo final de temporada, repito o mesmo ritual: lavar, enxaguar, secar, dobrar e guardar a bandeira no armário, renovando as forças e esperanças para os novos e apaixonantes embates que a vida nos reserva.

Minha bandeira não tem ido muito a campo ultimamente, só em jogos decisivos e, confesso, já não tem mais a força dos tempos passados (andou até perdendo Libertadores em casa). Mas estou pensando em levá-la ao Olímpico neste domingo, afinal de contas, é um dia mais do que especial: ela está comemorando seus vinte anos, o Grêmio precisa da vitória, e o adversário, o Flamengo... é nosso velho conhecido!

Para o que der e vier, com o Grêmio sempre!!!

www.finalsports.com.br

Paulo Autuori!

E já vai tarde...

Canalla brasileño!

O perfeito canalha brasileiro: Cristiano Zanella no Olímpico Monumental (18 de outubro de 2009, Grêmio 2 X 0 Coritiba)!

Foto: Sitio Oficial del Club Atlético Rosario Central (1889) / Planeta Canalla (Canallas por el Mundo)!

www.rosariocentral.com/galeria-extranjeros

A história da origem do apelido canalha é uma das mais curiosas do mundo do futebol: no início do século XX, uma epidemia de lepra assolou a cidade de Rosario (interior da Argentina). A fim de arrecadar fundos e ajudar um leprosário local, dirigentes do Newell´s Old Boys resolveram propor aos rivais do Rosario Central uma partida beneficente. A resposta foi negativa, acompanhada da adjetivação dos rubro-negros do Newell´s de “leprosos”, que responderam aos torcedores do Central chamando-os de “canallas” (canalha, ruim, pessoa de má índole)!

Com o passar dos anos, ambos os apelidos foram assumidos pelas “hinchas”: ser um leproso é motivo de orgulho para torcedores do Newell´s, da mesma forma que ser um canalha faz parte da identidade dos “centralinos”!