Geral do Grêmio!

Estádio Olímpico Monumental (Porto Alegre/RS) - Gauchão 2007!

Grêmio 4 x 0 Caxias!

Com força, com raça, com o Grêmio sempre!

Cine Marrocos!

Cinema Marrocos (1953-1994)! Avenida Getúlio Vargas, 1719 (bairro Menino Deus, Porto Alegre/RS)!

“Em 26 de setembro de 1953, com a presença do prefeito Ildo Meneguetti, foi inaugurado o Cinema Marrocos, na Avenida Getúlio Vargas. A sala, de arquitetura modernista, construída por Lubianca & Cia., tinha lotação de 1.300 lugares, distribuídos numa única e extensa platéia. Considerado um cinema ‘lançador’, apesar de construído fora do centro da capital, reduto das salas de ‘primeira linha’. A platéia apresentava grande volume interior, devido à cobertura em abóbada – no forro havia pequenos pontos de luz, que simulavam um céu estrelado, à maneira dos antigos cinemas atmosféricos. Por volta de 1994 o Marrocos foi fechado, já em precárias condições de conservação e com público escasso (certamente migrando para as salas do Shopping Praia de Belas), dando lugar a três estabelecimentos comerciais: a sala de espera transformou-se em farmácia, a sala de espera superior em pizzaria e a platéia em estacionamento. Sua fachada foi totalmente descaracterizada”. (NETO, Olavo Amaro da Silveira. Cinemas de rua em Porto Alegre - do Recreio Ideal ao Açores. Porto Alegre: Dissertação de Mestrado/Faculdade de Arquitetura da UFRGS, 2001).

“Com a fachada do prédio danificada – faltam três letras do letreiro luminoso e a pintura da parede descascou –, o Cine Marrocos nem quis projetar a sua última sessão, o oscarizado Filadélfia. Exatamente às 22h05min de quinta-feira, após enrolar os filmes do Jamaica abaixo de zero, o projecionista Dalci Scheel, 57 anos, apagou as luzes e fechou as portas do Marrocos. ‘É brabo’, disse Scheel, que trabalhou no Marrocos durante 18 anos, acompanhando seu esplendor e decadência. O prédio será transformado num centro comercial. Dois meninos de rua, Ariovaldo Ferreira de Assis, 11 anos, e Silmar da Silva, 13 anos, que cuidavam dos carros dos escassos espectadores do Cine Marrocos, vibraram com a mudança. ‘Oba, vamos ter mais carros para cuidar e ganhar dinheiro’, comemorou Ariovaldo”. (Zero Hora/Segundo Caderno, 02-06-1994).

Século 21: ironicamente, para decepção dos meninos de rua Ariovaldo e Silmar, o familiar Marrocos transformou-se em estacionamento. O “ingresso” custa R$ 5,00, e dá direito a uma “sessão” de duas horas na sala, que mantém o piso e o teto originais. O segundo andar é ocupado por um restaurante, enquanto na ante-sala funciona filial da farmácia Panvel.

Fotos: Ado Henrichs (2006)

Ozzy!

Ginásio de Esportes Gigantinho (Porto Alegre/RS), março de 2011: gaúchos e gaúchas de todas as querências saudam o mestre do heavy-metal Ozzy Osbourne - envolto pelo glorioso manto tricolor, em pleno território inimigo!

Na esquina da Saldanha!

Na esquina da Saldanha
Final Sports / Sob a Bênção da Imortalidade
Cristiano Zanella
02/09/2009

O pernambucano Joaquim Saldanha Marinho (1816 – 1895) foi jornalista, advogado, sociólogo e político – mas, quem desejar saber mais sobre este atuante personagem da época de transição do Brasil Império para a República Federativa do Brasil, que consulte a Wikipédia. Devido à relevância de sua obra, até hoje, por todos os cantos deste país continente, Saldanha Marinho empresta seu nome à cidades, ruas, viadutos, praças, escolas, bibliotecas, etc.

Em Porto Alegre, a rua Saldanha Marinho fica no bairro Menino Deus, nas imediações do Olímpico Monumental. Ela começa na Getúlio Vargas (esquina da Companhia dos Sanduíches, onde tem um ponto de táxi) e termina na Érico Veríssimo, junto à praça Cid Pinheiro Cabral (jornalista e colorado ilustre), já quase na rótula do Papa que era gaúcho.

Dia desses, foleando o livro “Os anos dourados da Praça da Alfândega 2”, de José Rafael Rosito Coiro (biólogo, professor, escritor, gremista), descobri que na rua Saldanha Marinho morou a família de Francisco Paulo Santana, porto-alegrense nascido em 1939, filho do coronel Cyrillo e da dona Nair, guri de infância pobre, apreciador do futebol, da poesia, do samba e das mulheres, que em seus 70 anos bem vividos tornou-se o torcedor símbolo do Grêmio e um dos maiores cronistas do jornalismo (rádio, tv, jornal) gaúcho e brasileiro.

Foi também na Saldanha Marinho onde surgiu a incomparável Banda da Saldanha, oficialmente fundada em 1978, que há uns anos se bandeou pros lados do Guaíba, mas segue embalando os carnavais porto-alegrenses para alegria dos apreciadores da tríade “samba, churrasco e solidariedade”. Bonito de ver a Banda da Saldanha desfilando na avenida, primeiro na Getúlio, depois na Érico, bons tempos...!

Na Saldanha, esquina com a Gonçalves Dias, fica o boteco que me abriga nas pré-jornadas futebolísticas. O boteco não tem nome ou sobrenome, é popularmente chamado de Bar da Saldanha. O espaço é pequeno, não comporta mais do que quatro mesas em seu interior e cinco ou seis espalhadas pela calçada. Durante a semana, abre no horário de almoço (mesas na rua quando o tempo permite), e à noite permanece aberto até umas oito ou nove horas, servindo principalmente moradores próximos – uma espécie de confraria se estabelece ali! É freqüentado por um público familiar de excelente nível (a maioria é sempre de gremistas, claro). Antes dos jogos, o churrasco de calçada é lei (fizemos um de encerramento de temporada no ano passado). Segundo o Alexandre, ou Alemão, proprietário do estabelecimento, passará por reformas em breve. Torcedores, secadores, boleiros, os veteranos e os dentes de leite, músicos (Bedeu, o inventor do samba rock, freqüentou o bar), boêmios, cantores, gente de todas as cores (até mesmo vermelhos), pobres, ricos ou representantes da classe média, a banda louca e a velha guarda, todos encontrarão as portas abertas no Bar da Saldanha! É uma esquina especial, confluência de forças positivas, ao mesmo tempo em que é apenas mais uma esquina tricolor entre tantas outras nos arredores: a esquina azulzinha da Nêga Lú – a eterna rainha inesquecível (Barão de Teffé com Almirante Gonçalves), a esquina do Açougue (Azenha com Afonso Pena), a esquina do Bar Preliminar (Dona Cecília com José de Alencar, já quase no Largo dos Campeões)! Esquinas gremistas, com muitas histórias para contar!

Neste domingo, o Bar da Saldanha vai estar novamente tomado pela torcida tricolor, celebrando a vida, o futebol, a amizade! É dia de assistir o Grêmio amassar mais um adversário em seus domínios, beber umas cervejas, repercutir os fatos da semana e comemorar este inexplicável gremismo que nos une! E as esquinas da cidade serão todas da cor do céu, da cor do mar, para além da eternidade! Até a pé, nós iremos, e com o Grêmio estaremos, onde ele estiver...

É Grêmio sempre!!!

www.finalsports.com.br

80´S!

Porto Alegre/RS, final dos anos 80!

Somos o futuro da nação, geração Coca-Cola (com vodka): João Leopoldo "Canha" Mangeon, "Guima" Guimarães, Flavio Piccoli, Cristiano Zanella, Tuco Maia e Pablo Macchi (em pé); Renato Schneider e João "Babão" Irigaray (sentados)!

Foto: Stefano Sibemberg (Facebook)